GUERREIRO DOS GRAMADOSPara começar o nosso blog separei uma reportagem da academia celeste formada por Tostão, Dirceu Lopes, Evaldo, Natal e muitos outros que conquistou a Taça Brasil de 66: velhos tempos!Nesta sexta-feira, dia 7 de dezembro, o Cruzeiro comemorou uma data muito especial na história do Clube. Há exatos 41 anos, o time celeste conquistava seu primeiro título nacional, a Taça Brasil de 1966, de forma invicta. O triunfo por 3 x 2 sobre o Santos, de Pelé, no segundo jogo da decisão, em pleno Pacaembu, em São Paulo, encerrou com chave de ouro uma campanha irrepreensível da equipe comandada pelo técnico Aírton Moreira.
A Raposa chegou à capital paulista disposta a conseguir a vitória para evitar que acontecesse a terceira e decisiva partida. No primeiro confronto da final, realizada no dia 30 de novembro no Mineirão, em Belo Horizonte, o Cruzeiro deu show e aplicou uma goleada de 6 x 2 sobre o adversário, diante de um público de 77.325 pessoas.
Já em São Paulo, parecia que tudo iria se inverter. Com 25 minutos de jogo, o Santos já ganhava por 2 x 0, com gols de Pelé e Toninho, e confirmou esta vantagem até o fim da etapa inicial.
Em meio a um gramado prejudicado devido às fortes chuvas, foi através de muita luta e raça que a equipe mineira partiu para cima do Santos no segundo tempo. A primeira grande chance surgiu logo aos 12 minutos com um pênalti a favor dos mineiros marcado pelo árbitro Armando Marques. Entretanto, o goleiro Cláudio conseguiu defender a cobrança de Tostão.
Mesmo assim, o time celeste não se deu por vencido e continuou a pressionar o adversário. O início da virada aconteceu aos 18 minutos, com o próprio Tostão, que bateu uma falta, de curva, e desta vez não deu chances ao arqueiro santista.
O tento aumentou a pressão estrelada. Aos 28 minutos, veio o empate, dos pés de Piazza. E para sacramentar o triunfo, aos 44 minutos, Natal mandou a bola para o fundo do gol, após grande jogada de Tostão. Cruzeiro campeão em pleno Pacaembu.
Nos oito confrontos durante toda a competição, a Raposa conseguiu sete vitórias e um empate. O aproveitamento só não foi de 100% por causa do 0 x 0 com o Grêmio, na primeira partida das quartas-de-final, no dia 9 de outubro. No jogo de volta, a vitória de 2 x 1 sobre os gaúchos levaria o Cruzeiro às semifinais do torneio contra o Fluminense.
Ao todo, o setor ofensivo marcou 25 gols, enquanto o defensivo sofreu apenas sete. O artilheiro da equipe celeste foi Evaldo, que balançou as redes seis vezes e foi titular em todos os jogos do time na Taça Brasil.
Campanha celeste na Taça Brasil 1966:
Oitavas-de-final07/09 – Americano 0 x 4 Cruzeiro – estádio Goitacaz, em Campos-RJ
14/09 – Cruzeiro 6 x 1 Americano – estádio Mineirão, em Belo HorizonteQuartas-de-final09/10 – Grêmio 0 x 0 Cruzeiro – estádio Olímpico, em Porto Alegre23/10 – Cruzeiro 2 x 1 Grêmio – estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Semifinais09/11 – Cruzeiro 1 x 0 Fluminense – estádio Mineirão, em Belo Horizonte23/11 – Fluminense 1 x 3 Cruzeiro – estádio Maracanã, no Rio de JaneiroFinal30/11 – Cruzeiro 6 x 2 Santos – estádio Mineirão, em Belo Horizonte
07/12 – Santos 2 x 3 Cruzeiro – estádio Pacaembu, em São PauloConfira a ficha do jogo do título:
SANTOS 2 x 3 CRUZEIRO
Data: 07/12/1966
Motivo: decisão da Taça Brasil
Local: estádio Pacaembu, em São Paulo-SP
Árbitro: Armando Marques (RJ)
Gols: Pelé, aos 23 minutos, e Toninho, aos 25 minutos do primeiro tempo; Tostão aos 18 minutos, Dirceu Lopes aos 28 minutos, e Natal aos 44 minutos do segundo tempo
Santos: Cláudio; Lima, Haroldo, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Mengálvio; Amauri (Dorval), Toninho Guerreiro, Pelé e EduTécnico: Lula
Cruzeiro:Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton OliveiraTécnico: Aírton Moreira